domingo, 16 de junho de 2013

Introdução


Fonte: http://www.alpheratz.org/index2.php?page=medcas
 
 
 


A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.

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sábado, 15 de junho de 2013

Curiosidades da Idade Média



Foi na Idade Média que se adotou o termo 'direita' para as pessoas que tinham o costume de usar a mão direita para fazer as coisas. O termo 'direita' tem o sentido de 'certo' e esquerda tem o sentido de 'errado'. Como a maioria das pessoas utilizam a mão direita para fazer as coisas, a Igreja Católica julgava que era por influência do diabo que as pessoas usavam a mão esquerda para fazer as coisas.

Assista vídeo 1
 

http://www.youtube.com/watch?v=r2DcGmH2o14





 Assista Vídeo 2

http://www.youtube.com/watch?v=mJHT6d9jJhs





Música Medieval e Castelos em Ruínas
https://www.youtube.com/watch?v=ioGvEA_KNc4




sexta-feira, 14 de junho de 2013

Recursos Complementares

Definição de COGNATOS: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cognato
Leia o texto: COGNATOS: SISTEMATIZAÇÃO E IMPLICAÇÕES - http://www.bn.com.br/~gcintra/textos/cog_sist.pdf

Assita ao vídeo: FALSOS COGNATOS:

Leia o artigo:






Referências Utilizadas:
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cognato (acessado em 05/05/13).
CÂMARA JR. Joaquim Mattoso. História e estrutura da língua.portuguesa. 2ª ed  Rio de Janeiro: Padrão,  1977.
Ilari.Rodolfo. Linguística Românica São Paulo : Ática, 1992.
Mattos e Silva, Rosa Virginia .(org) Para história do Português Brasileiro vol I,primeiros estudos humanistas/ FFLCH/USP/FAPESP,2001.

Exemplos : Falsos Cognatos



Agora a partir do texto abaixo faça uma tabela de Cognatos e Falsos cognatos:

 
" The Name of the Rose " summary Franciscan friar Guilherme of Baskerville and his novice Adso of Melk travel to a Benedictine monastery in Northern Italy to attend a theological disputation. As they arrive, the monastery is disturbed by a suicide. As the story unfolds, several other monks die under mysterious circumstances. Guilherme is tasked by the abbot of the monastery to investigate the deaths as fresh clues with each murder victim lead Guilherme to dead ends and new clues. The protagonists explore a labyrinthine medieval library, discuss the subversive power of laughter, and come face to face with the Inquisition. William's innate curiosity and highly-developed powers of logic and deduction provide the keys to unraveling the mysteries of the abbey.
 
 
 

Responda o quiz abaixo:

1 - Quando encontra uma porta com a placa PUSH, você tem que:
( ) -  Puxar
( ) -  Empurrar
( ) - Bater
( ) - Abrir


2 - Quem procura um livro sobre DESSERTS está querendo um informações a respeito de:
( ) -  Desertos
( ) - Sobremesas
( ) - Descobertas
( ) - Viagens


3 - A palavra EXIT é o mesmo que:
( ) - Extinto
( ) - Existir
( ) - Saída
( ) - Entrada


4 - Muitas pessoas gostam de ganhar um PUPPY, que significa:
( ) - Um pompom
( ) - Um filhote de cachorro
( ) - Um boneco
( ) - Uma casa


5 - Se alguém procura um AVOCADO, está atrás de:
( ) - Um advogado
( ) - Uma pessoa invocada
( ) - Um abacate
( ) - Um abacaxi


6 - A palavra BONE quer dizer:
( ) - Boné
( ) - Bondoso
( ) - Osso
( ) - Bomba


7 - Quem possui um FISH tem:
( ) - Uma caixa
( ) - Um peixe
( ) - Uma ficha
( ) - Uma flecha


8 - BALD é o mesmo que:
( ) - Redondo
( ) - Balde
( ) - Liso
( ) - Careca


9 - Se a turma está observando um bicho chamado ANT, você:
( ) - Sai correndo, porque o bicho é uma anta
( ) - Vai até lá brincar, porque é um bicho de pelúcia
( ) - Para para observar, pois é uma formiga
( ) - Nem chega perto, já que é um tigre
 


10 - Para comer no caminho de uma viagem, você leva um:
( ) - Lunch
( ) - Snack
( ) - Dinner
( ) - Breakfast



Os "COGNATOS" e "FALSOS COGNATOS " do Inglês no resumo da história "O Nome da Rosa"

                         
 
Nesta aula trataremos de um tema que necessita de muita atenção, afinal vamos abordar os COGNATOS na língua inglesa...COG...O QUÊ???
É isso mesmo, COGNATOS . Na língua estrangeira com a língua portuguesa é possível que existam palavras com o mesmo significado, porém, para que isso ocorra é necessário que preencham alguns critérios.

Assistimos muito na mídia, em especial, os programas de humor fazerem paródias com músicas em inglês onde procuram dar significados semelhantes as letras em inglês ao português, quando sabemos que isso, na prática, torna-se muito inviável. Na verdade, nesses casos não há como se fazer nenhum tipo de associação pertinente, é o perfeito " embromation". Por isso, temos que ter muito cuidado quando queremos traduzir "ao pé da letra" o significado de uma palavra do inglês para o português.



Muito bem, ao analisarmos o vídeo acima apresentado poderemos avaliar que nada tem sentido numa tradução totalmente fora dos critérios e sem nenhum resultado
COGNATOS são palavras que têm, etimologicamente, uma origem comum. Como um adjetivo, a palavra cognato não se limita a palavras, e significa, de uma forma geral, de mesma origem. Frequentemente, o termo é utilizado para destacar pares de palavras de duas línguas que têm origem comum, grafias idênticas ou semelhantes, mas que evoluíram de forma diferente, total ou parcialmente, quanto ao significado.
 
Música: Have You Ever Seen the Rain?
 Fonte: http://letras.mus.br/creedence-clearwater-revival/70219/traducao.html
 


Mudanças linguísticas do latim ao galego-português

Dissemos anteriormente que a língua portuguesa é uma língua neolatina, o que significa dizer que é o próprio latim diversificado de suas origens. Inicialmente o latim era uma língua tosca e rude, mas foi gradativamente, absorvendo os demais falares itálicos, à medida que o Império Romano se expandia.
O idioma, a exemplo do que ocorre com todas as línguas, não era rigorosamente uniforme. Revestiu se de dois aspectos que ,com o passar do tempo, tornaram se cada vez mais distintos: o clássico e o vulgar.O latim clássico, chamado pelos romanos de sermo urbanus, era a íngua literária , conservadora e resistente às inovações, que buscava a correção gramatical e estilística; caracterizava se pelo apuro do vocabulário e pela elegância do estilo. Conhecida como uma língua artificial e rígida, porém polida e requintada. Sinônimo de prestígio, a língua era praticada por uma elite e usada nas escolas e nas obras dos grandes escritores latinos, como Cícero, César, Virgílio e Horácio A expressão latim vulgar refere se à língua com todas as suas variedades. Era usado pelo povo, sem preocupação com a correção gramatical. Era uma variedade falada que servia de instrumento de comunicação diária, com finalidades práticas e comerciais .Também chamado de sermo vulgaris, foi levado pelos soldados, colonos e funcionários romanos a todas as regiões do Império Romano. Sujeito a influências locais de costumes, raças clima e outros fatores, o latim vulgar veio a fracionar se em diferentes dialetos, o que resultou, logo a seguir, nas línguas românicas.
O estudo do latim vulgar pode ser feito de duas maneiras. Uma delas é a reconstrução linguística, isto é, da comparação entre as diferentes línguas românicas, observando se as evoluções características de cada uma é possível reconstruir o étimo latino, ou seja, a forma original comum a todas elas. Outra maneira de conhecer o latim vulgar é através de algumas atestações escritas como os graffiti de Pompeia cartas pessoais correção das formas errôneas usuais pelos gramáticos (Appendix Probi); vulgarismos em obras de comediógrafos, por meio da retratação de personagens populares (Satiricon); inscrições em lousas confeccionadas por artistas plebeus; erros ocasionais dos próprios escritores cultos principalmente dos últimos tempos (escritores da ecadência romana escritores pagãos). Alguns documentos também atestam essa variedade do latim: Perigrinatio ad loca sancta (Sancta Aetereae)– séc. IV, Mulomediinz Chironis (Tratado de veterinária) – séc. V De Architetura Séc. I; De Medicam pecorum–séc. IV;Vulgata (Trad da Bíblia por São Jerônimo); as glosas: espécie de dicionário (glossário para leitura dos autores latinos. As palavras desconhecidas do povo aparecem nessas glosas acompanhadas das formas correspondentes semânticas mais familiares e tomadas à língua viva da época.

Embora se tratasse da mesma língua, as variedades clássica e vulgar do latim apresentavam diferenças na fonética, na morfologia, no léxico e na sintaxe e a presença de características de uma ou de outra variedade atesta a origem das línguas românicas
É importante ressaltar que algumas características existiam também no latim clássico, mas se acentuaram no latim vulgar.
Além de latim clássico e vulgar, havia outras modalidades do latim, como o baixo latim, intermediário entre o clássico e o vulgar. Nessa variante foram escritos os trechos bíblicos e em que foi divulgada a doutrina cristã A variante familiar era usada nas conversações e nas cartas das pessoas instruídas Diversos autores como Leite de Vasconcelos, Ismael Coutinho e Carolina Michäelis, estabelecem o século IX como o estágio de definição do romanço galaico português, língua corrente, falada a princípio na região noroeste da Península Ibérica e levada, depois, com o movimento da Reconquista, para o sul.
Nessa época, documentos escritos em latim bárbaro atestam a existência de palavras e expressões do romanço galaico português, apenas falado: estrata (estrada, lat. via), conelio (coelho, lat. cuniculum), artigulo (artigo, lat articulum), ovelia (ovelha, lat ovicula). São documentos públicos, testamentos, doações, contratos de compra e venda e também documentos jurídicos, como cartas, leis forais, inquirições sobre propriedades, todos escritos em cartórios, naquele latim bárbaro, tabelionário, pretensiosamente gramatical

mas, na verdade, estropiado, inorgânico, mistura de formulários tabeliônicos com locuções e vocábulos do romanço, numa forma pseudolatina.
 
Vejamos um testamento escrito em 1177, em que Dona Urraca Pedro deixa alguns bens à Igreja do antigo Mosteiro de São Salvador do Souto, localizada em Braga Guimarães, Souto.

 
Em português de hoje:
 
 
 
 
 
 

 

A Reconquista e a Formação do Reino de Portugal

Os cristãos refugiaram se no norte da península, onde levantaram castelos que deram origem ao reino de "Castilla", ou terra dos castelos Em Alcama, nas Astúrias, o rei visigodo Pelágio , derrotou os árabes dando o início à Reconquista, no ano de 718. Esse movimento foi alastrando se para o sul, através das cruzadas – lutas para expulsar os mouros os muçulmanos, da Península Ibérica , recuperando os territórios perdidos que originaram os reinos de Leão, Castela e Aragão Muçulmanos e cristãos desencadeiam uma guerra religiosa durante sete séculos de ocupação. (711 a 1492). Nas regiões dominadas pelos árabes viviam os moçárabes, receberam maior influência dos árabes na linguagem e nos costumes, exceto na religião, pois continuavam cristãos.
Com a finalidade de libertar o território ibérico, nobres de diferentes regiões participaram da guerra santa. Dois nobres franceses . D. Raimundo e D Henrique, conde de Borgonha, descendentes dos reis da França,distinguiram se nessas lutas. Para recompensá - los pelos serviços prestados na conquista, D. AfonsoVI, rei de Leão e Castela nomeou D. Raimundo governador do condado da Galiza e ofereceu lhe em casamento a filha D. Urraca A D. Henrique deu o governo do Condado Portucalense, território desmembrado da Galiza, junto ao rio Douro, do qual era dependente, e a mão da outra filha D. Tareja (Teresa). Tiveram quatro filhos, dos quais apenas um era varão, chamado Afonso Henriques, que haveria de ser o fundador e o primeiro rei de Portugal.

Dom Afonso Henriques tinha apenas três anos quando seu pai morreu e por isso, sua mãe assumiu o governo do condado.Anos após a morte do conde, a viúva envolveu se com um fidalgo galego D. Fernão Peres de Trava,que tinha a intenção de submeter ao controle da Galiza o Condado Portucalense. Em 1128, o jovem D. Afonso Henriques lutou contra as tropas de sua mãe, numa luta conhecida como a Batalha deS. Mamede, afirmando a independência portuguesa face à Galiza.Em 1139, depois de ter definitivamente expulsado os mouros na Batalha de Ourique, D. Afonso Henriques conde de Borgonha,sagrou se rei de Portugal.
À medida que as batalhas aconteciam e novas terras eram reconquistadas, os grupos populacionais do norte foram se instalando mais a sul, originando o território português.
 
Do mesmo modo, na região central e leste da Península, os leoneses e os castelhanos avançavam para o sul, ocupando as terras até então dominadas pelos árabes. Mais tarde, essas terras viriam a se tornar território do Estado espanhol.

Invasões dos bárbaros e dos árabes

Já estava o latim bastante modificado quando os bárbaros germânicos invadiram a Península

Ibérica, no século V. Os primeiros que chegaram foram os suevos e os  vândalos Posteriormente
vieram os visigodos e os alanos. Outros povos bárbaros, fugindo os hunos espalharam  se por todo
 o Império Romano: burgundos, francos, saxões, alamanos, longobardos, normandos. Os suevos e os 
visigodos estabeleceram se na península: os suevos implantaram se,resistindo por muito tempo aos
visigodos. Fundaram um reino muito extenso Em 570 o reino suevo reduziu se à Gallecia a aos
bispados lusitanos de Viseu e Conimbriga (Coimbra); os visigodos conquistaram e incorporaram o território a partir de 585 até711. Além disso, contribuíram a dissolução do império romano e provocaram a diversificação do latim falado (o escrito permaneceu como língua de cultura). Com o domínio visigótico, a unidade romana rompeu se totalmente. Por outro lado, os visigodos romanizaram se, ou seja, fundiram se com a
população românica, adotaram o cristianismo como religião e assimilaram o latim vulgar . Rodrigo, o último rei godo, lutou até 11 contra a invasão árabe,defendendo a religião cristã, tendo como língua o latim vulgar na sua feição hispano românica. Algumas contribuições das línguas dos bérbaros: guerra (wuerra), elmo (helms), espora (spaura), loja (laubja), trégua (triggwa), fresco (frisk), branco (blank) etc
 
No séc. VIII d .C., os árabes invadiram a Europa, vindos do Norte da África, pelo estreito de Gibraltar e também assentaram domínios na península.
Tratava se de um povo de cultura, raça, costumes e religião diferentes dos peninsulares. Os mouros, como também eram chamados, não conseguiram impor se aos povos subjugados, tampouco absorveram a cultura cristã. Do ponto de vista cultural, pode se dizer que houve tolerância entre mouros e moçárabes, mas nenhuma integração. No período da dominação árabe, a península passou por um surto de desenvolvimento nos campos da ciência, das arte e das letras: filosofia, medicina matemática, história, agricultura, comércio e indústria.
Desde 711, nas regiões conquistadas, o árabe é adotado como língua oficial, mas a população continuou a falar o romance.Entretanto, a língua latina ,apesar de todas as influências sofridas por parte dos vários povos, continuou sendo a língua oficial. Algumas contribuições árabes ao vocabulário português atual são arroz, alface, alicate, adaga, alferes ,alazão, corcel,aldeia, alcova,azulejo,almofada,açude,alcachofra, algodão, azeite, açúcar, alfândega, alfinete, alface,
arroz, cuscus, algarismo, álgebra, zero, alcaide, alvará, almoxarife ,refém e inúmeras outras.
 
No reinado dos reis católicos da Espanha, Fernando e Isabel, encerrou se o período de dominação dos árabes e teve o importante papel de desencadear a formação de Portugal como Estado monárquico, bem como a definição do território português
 
 


HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA DAS ORIGENS À FORMAÇÃO DO GALEGO-PORTUGUÊS

A língua portuguesa pertence ao grupo das línguas românicas, também chamadas de neolatinas, resultado das transformações que aconteceram no latim vulgar levado à Península Ibérica. O latim nasceu na Itália,numa região chamada Lácio, pequeno distrito à margem do rio Tibre e foi levado ao território ibérico pelas legiões romanas . Antes do estabelecimento do domínio romano na região, os povos que habitavam a Península eram numerosos e apresentavam língua e cultura bastante diversificadas. Havia duas camadas de população muito diferenciadas: amais antiga Ibérica e outra mais recente os Celtas, que tinham o seu centro de expansão nas Gálias. Muito pouco se conservou das línguas pré romanas. Outros povos haviam se fixado na Península Ibérica: iberos, celtas,fenícios, grego e cartagineses.
A partir do século VIII a C., os celtas começaram a invadir a Península Ibérica. Embora o domínio céltico não tenha se exercido pacificamente,tiveram uma influência profunda que perdurou mais ou menos até a conquista romana. Com o correr dos séculos os celtas mesclaram se com os iberos, dando origem aos povos celtiberos. Mais tarde, outros povos, os fenícios, os gregos e os cartagineses formaram colônias comerciais em  vários pontos da península
Como os cartagineses pretendessem apoderar se do território peninsular,os celtiberos chamaram em socorro os romanos.Por esse motivo, no século III a. C.,os romanos invadiram o território, com o objetivo de deter a expansão dos cartagineses.Com as Guerras Púnicas —luta entre romanos cartagineses, a Península Ibérica passou para o domínio de Roma. Embora a invasão tenha ocorrido no século III a C.,a anexação como província só ocorreu no
ano de 197 A.C.Entre os habitantes da península,os lusitanos, povo de origem céltica chefiados por Viriato, resistiram aos romanos.Depois do seu assassinato (cerca140AC) Decius Junius Brutus pôde marchar para o norte, através do centro de Portugal,atravessou o rio Douro e subjugou a Galiza. Os celtiberos terminaram adotando a língua e os costumes dos romanos.Os romanos encontraram a Península muito desunida,pois, além da variedade étnica, a difícil estrutura geográfica contribuía para a fragmentação. São de origem celtibérica: Camisa, saia, cabana (cappana), cerveja (cerevisia),
légua (leuca), carro (carrus), manteiga (mantica), gato (cattus) etc.  

A romanização da Península Ibérica

Os romanos implantaram habilmente sua civilização na Península Ibérica, modificando o menos possível as unidades territoriais que encontravam. Além disso, organizaram comércio e serviço de correio; implantaram serviço militar e construíram escolas. O latim, imposto como idioma oficial nas transações comerciais, nos atos oficiais, passou
a servir de veículo a uma cultura mais avançada. Dessa forma a língua e os costumes romanos foram progressivamente assimilados, de maneira que a Península Ibérica chegou ao século V d. C.
completamente romanizada, ou seja, politicamente pertencendo ao Império Romano e linguisticamente falando a língua de Roma latim.
O território ocupado pelo romanos em sua expansão a România, constituía se de diversas províncias: a Hispânia, a Gália, a Itália,a Dácia, todas integradas na unidade imperial até o século V d. C., enquanto durou o apogeu do Império Romano.
O Latim Vulgar, utilizado nas diversas regiões conquistadas pelos romanos, fez desaparecer na Península Ibérica, as línguas nativas dos primitivos habitantes e passou a sofrer o influxo dos substratos céltico, ibérico e ligúrico.
 
A romanização foi condicionada por fatores diferentes, como o prestígio de Roma e a dispersão das tribos.Esse período do contato entre hispânicos e romanos pode ser dividido em três fases,que consistem em um momento inicial de expectativa, em que as diferentes culturas se confrontam; uma fase intermediária de
marginalidade, em que há participação nas duas culturas, fase de bilinguismo;por último,a vitória da cultura romana,em que ocorre a romanização.
 
A implantação do latim na Península Ibérica constituiu um fator decisivo para a formação da língua portuguesa, e ocorreu no século II a .C., quando as legiões de Roma, depois de longas lutas, conquistaram a Hispânia e impuseram a sua civilização.Com exceção dos bascos, todos os povos da Península adotaram o latim como língua e se cristianizaram.O território da Península Ibérica(século Ia.C.) foi dividido,inicialmente,em duas grandes províncias, Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior. Esta última sofreu nova divisão em duas outras províncias, a Bética e a Lusitânia, onde se estendia uma antiga província romana,a Gallaecia.
A romanização da Península não se deu de maneira uniforme, mas gradativamente, o latim foi se impondo, fazendo praticamente desaparecer nas línguas nativas.Há vestígios apenas na área do vocabulário.
Quando ocorreu a queda do Império Romano, a Península Ibérica estava totalmente latinizada (no século I d. C.). Nesse quadro de mistura étnica, o latim apresentava feições particulares,mesclado de elementos celtas e ibéricos, basicamente no vocabulário. Os vestígios da língua ibérica no vocabulário português são poucos: bezerro, esquerdo, sarna, cama, arroio, baía, além dos sufixos arra, erro orro,urro. A influência céltica é maior na fonética do que no vocabulário: brio, bico, casa, légua, raio,touca e os topônimos Bragança, Coimbra (Conimbriga).
Os vocábulos gregos podem ser divididos em quatro grupos de acordo com ingresso ao léxico português: palavras da época anterior aos romanos, na colonização grega (perderam se ou se confundiram com as latinas): bolsa, cara, cola, governar; palavras que ingressaram no
vocabulário,possivelmente incorporadas ao léxico latino, com o advento do Cristianismo:anjo, apóstolo, bíblia, crisma, diabo; palavras transmitidas através do árabe, como acelga, alambique, quilate, alcaparra; palavras de origem medieval, que ingressaram por intermédio das línguas românicas, como esmeralda (provençal), monge (provençal),esmeril, farol ,guitarra e finalmente, palavras que, a partir do século XVI incorporaram se ao idioma através da Ciência da Tecnologia: telefone, fonema, homeopatia, microscópio. A contribuição de vocábulos fenícios ao vocabulário português é mínima:saco(fenícia) ,mapa, malha, (púnico).

 

Fonte: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=13&cad=rja&sqi=2&ved=0CG8QFjAM&url=http%3A%2F%2Fportal.virtual.ufpb.br%2Fbiblioteca-virtual%2Ffiles%2Fhistaria_da_langua_portuguesa_1360184313.pdf&ei=Ws-8UbzYC4aE0QHmj4DIDw&usg=AFQjCNF1YuDX6qn6qtJqL5Nb4oNhI-IwDw&sig2=c4WO2_yHv2wZHnqa_eTQsQ

História da educação no Brasil

A história da Educação no país inicia-se no período colonial, quando começam as primeiras relações entre Estado e Educação, através dos jesuítas.

Período Colonial



Quadro La lecon de cathéchisme ou "A Lição de Catecismo", de 1890, de autoria de Jules-Alexis Muenier - Museu de Belas-Artes de Besançon
 
Os portugueses trouxeram um padrão de educação europeu, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíssem características próprias de se fazer educação. Apesar de não ser possível afirmar-se haver um processo estruturado, convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu.
A Educação no Brasil, como um processo sistematizado de transmissão de conhecimentos, é indissociável da história da Companhia de Jesus. As negociações de Dom João III, O Piedoso
, junto a esta ordem missionária católica pode ser considerado um marco. No período da exploração inicial, os esforços educacionais foram dirigidos aos indígenas, submetidos à chamada "catequese" promovida pelos missionários jesuítas que vinham ao novo país difundir a crença cristã entre os nativos. O padre Manuel da Nóbrega chefiou a primeira missão da ordem religiosa em 1549. Em 1759 houve a expulsão dos jesuítas (reformas pombalinas), passando a ser instituído o ensino laico e público, e os conteúdos baseiam-se nas Cartas Régias, a partir de 
1772, data da implantação do ensino público oficial no Brasil (que manteve o Ensino Religioso nas escolas, contudo). Em 1798, ocorreu o Seminário de Olinda, por iniciativa do bispo Azeredo Coutinho que se inspirava em ideias iluministas que aprendera como aluno na Universidade de Coimbra.

Durante esses quase 300 anos da história do Brasil, o panorama não mudaria muito. A população do período colonial formada além dos nativos e dos colonizadores brancos, tivera o acréscimo da numerosa mão de obra escrava oriunda da África. Mas os escravos negros não conseguiram qualquer direito à educação e os homens brancos (as mulheres estavam excluídas) estudavam nos colégios religiosos ou iam para a Europa. Apenas os mulatos procuravam a escola, o que provocou incidentes tais como o da "questão dos moços pardos" em 1689: Os colégios de jesuítas negavam as matrículas de mestiços mas tiveram que ceder tendo em vista os subsídios de "escolas públicas" que recebiam.

 
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_educa%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil

Agora Tente responder mais algumas questões sobre a Idade Média:


1)Assinale a alternativa CORRETA. São características do Feudalismo:

a) a economia de consumo baseada em mercadorias industrializadas, produzidas pelas corporações de ofício;
b) a centralização do poder político em mãos dos reis e dos imperadores, em detrimento da nobreza e da burguesia;
c) o estabelecimento de fortes vínculos de dependência pessoal, na forma de suserania e vassalagem;
d) a valorização da terra mediante cultivos intensivos, levados a efeito por mão-de-obra assalariada;
 
 
2) A respeito do Sistema Feudal, assinale a alternativa correta :
a) A sociedade feudal era estática e não permitia a mobilidade social, era uma sociedade de castas - dela faziam parte quatro ordens hierarquizadas: os nobres, o clero, os servos e os escravos.
b) Consistia em um sistema de relações onde os vassalos doavam terras aos seus suseranos, que ficavam obrigados a pagar impostos nas formas de produtos e serviços.
c) Esse sistema foi condenado pela Igreja Católica, que não concordava com as exigências senhoriais que sobrecarregavam os camponeses.
d) Através do domínio político, exercido por meio da violência e da obediência aos costumes, o servo era obrigado a prestar trabalhos e serviços ao Senhor Feudal.
e) A principal fonte de lucro era o excedente de produção, oriundo do trabalho servil e livremente comercializado pelos senhores feudais e servos.
 
 
 
3) O sistema feudal estruturado na Europa, após a queda do Império Romano (séc. V), tem como característica:
( ) Do ponto de vista político, o fortalecimento do poder real.
( ) Do ponto de vista econômico, predominância de uma economia natural (baseada na troca) de resistência e dominial.
( ) Do ponto de vista social, a estruturação da sociedade em classes sociais.
( ) Do ponto de vista jurídico, pelo uso do Direito Costumeiro (consuetudinário), o costume de um grupo social habitando o mesmo território tornou-se lei.
 
 
4) Assinale a alternativa CORRETA. São características do feudalismo:
a) a economia de consumo baseada em mercadorias industrializadas, produzidas pelas corporações de ofício;
b) a centralização do poder político em mãos dos reis e dos imperadores, em detrimento da nobreza e da burguesia;
c) o estabelecimento de fortes vínculos de dependência pessoal, na forma de suserania e vassalagem;
d) a valorização da terra mediante cultivos intensivos, levados a efeito por mão-de-obra assalariada:
 
 
5) Na Idade Média, os castelos e as cidades do feudalismo (século X ao XIV) também espelhavam a preocupação com relação à segurança.
Nesse contexto, considere as afirmativas a seguir:
I. As torres de vigia foram fundamentais para anunciar o perigo dos assaltos e investidas das ondas invasoras do século IX e X, a exemplo dos vikings.
II. As muralhas das cidades medievais definiram a existência de uma comunidade especial, que não se subordinava inteiramente ao poderio jurídico e militar do senhor
III. A existência das fortalezas e cidadelas decorria da proteção do poder imperial romano durante o feudalismo.
IV. As muralhas não eram garantia de proteção aos camponeses contra assaltos e invasões, porque suas glebas se situavam fora das fortificações.
São corretas apenas:
a) I e II. 
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
 
 

O DOMÍNIO DA IGREJA NA IDADE MÉDIA


No ano de 476 o Império Romano do Ocidente foi invadido pelas tribos bárbaras e destruído. Esse evento marca o início da Idade Média, e também uma época onde a Igreja Católica influenciaria e dominaria toda a sociedade européia.
 
 
Com o fim do Império Romano, a Igreja era a única instituição organizada nos novos reinos que estavam se formando na Europa Ocidental. Com os ensinamentos da Igreja, a nova civilização se preocupava muito com a religião e a salvação de suas almas. O trabalho dos monges junto aos povos bárbaros foi de grande importância não só espiritual, mas também culturalmente, pois muito dos costumes romanos foram incorporados por esses povos. A Igreja era a detentora do saber, os livros pertenciam ao clero e ficavam confinados nas bibliotecas das igrejas, com uso exclusivo de seus membros. O ensino era voltado principalmente as doutrinas da religião católica.
 
 
Mas o poder da Igreja não se limitava a religião. Por ser uma época onde predominava o feudalismo, onde a terra era o maior bem que se possuía, a Igreja era a detentora de grande parte das terras, que eram doadas por aqueles que queriam ser libertos da condenação divina, por isso, a Igreja sem dúvida era a instituição mais poderosa e respeitada na Idade Média. Seu poder se confundia com o poder dos reis, uma vez que ela tinha o domínio político, econômico e cultural. Mas a convivência desses nem sempre foi pacífica, os atritos eram frequentes.
 
 
Os reis respeitavam o poder da Igreja, e essa por sua vez, dependia deles para sua proteção. Os casos mais famosos são o do rei Henrique IV do Sacro Império Romano, que foi excomungado pelo Papa Gregório VII e passou três dias na neve suplicando ao Papa para anular a sentença. Também é conhecida a história do Rei Henrique VIII da Inglaterra, que após não ter tido autorização do Papa para se separar e casar novamente rompeu com a Igreja Católica e criou a Igreja Anglicana se auto proclamando a autoridade máxima da mesma.
 
 
Somente à Igreja cabia a interpretação das escrituras, e quem ousasse pensar de forma diferente, seria considerado herege e estava sujeito a várias punições, que incluíam torturas psicológicas, físicas e muitas vezes a morte, que era um alívio para essas pessoas castigadas. Mas, ainda que muitos dentro da Igreja tivessem boas intenções, a história dessa instituição está manchada de sangue. Ela que começou sendo perseguida, passava a ser perseguidora no auge de seu poder.
 
 
A Igreja foi responsável pelo início das Cruzadas em 1096. Foram nove cruzadas que deixaram como saldo milhares de mortos e um aumento de hostilidade entre cristãos e muçulmanos. No ano de 1184 o Papa Lucio III no Concílio de Verona, ordenou que os bispos realizassem inquisições para localizar os que eram considerados hereges. Os condenados seriam punidos com penas canônicas pela Igreja, e entregues as autoridades seculares. Esse foi o embrião da Inquisição, onde a Igreja mostrou sua intolerância e autoridade a custa de sangue inocente. Em 1233 o Papa Gregório IX estabelece formalmente o Tribunal da Inquisição.
 
 
As mulheres eram invariavelmente alvo de perseguições da Igreja, e muitas vezes por atitudes cotidianas. Por exemplo, se alguém estivesse doente, e uma mulher fizesse um chá de ervas para tratar dessa doença, ou se uma senhora fizesse um bolo e o leite coalhasse, eram sinais claros de "bruxaria". Para uma pessoa ser considerada herege não era necessário prova.

 

Uma acusação anônima bastava para que a pessoa fosse considerada culpada, e ela tinha que provar sua inocência. Muitos comerciantes acusam outros para se livrar da concorrência. Assim também fazia uma pessoa quando tinha algum problema com a outra. O medo era tão grande que as pessoas acusavam outras somente para não serem acusadas primeiro. Foram criados vários instrumentos de tortura para que os "hereges" confessassem.
 
A Igreja que antes mostrava sua autoridade através da religião fazia agora através da força. Foi criado o Tribunal do Santo Ofício para cuidar da inquisição. Esse órgão da Igreja Católica mudou de nome através dos anos, já se chamou Sacra Congregação da Inquisição Universal, Sacra Congregação da Romana e Universal Inquisição, e hoje se chama Congregação para a Doutrina da Fé. Até o ano de 2005 o responsável por esse órgão era o cardeal Joseph Alois Ratzinger, hoje o Papa Bento XI. Apesar de o órgão existir atualmente, o domínio da Igreja Católica acabou enfraquecendo no decorrer do tempo.
 
No ano de 1798 durante a Revolução Francesa, o general de Napoleão, Louis Alexandre Berthier prende o Papa Pio VI e o leva cativo para a França, onde ele morre. Com a queda da monarquia na Revolução Francesa, automaticamente o poder da Igreja também se restringiu, pois ela já não podia contar mais com esse apoio. Os seus bens também foram confiscados.
Terminava assim o domínio da Igreja Católica.
Fonte: http://airtonbc.wordpress.com/2010/11/29/o-dominio-da-igreja-na-idade-media/
 
 

 

Cidadania na Idade Média

Com a decadência do Império Romano, e adentrando a Idade Média, ocorrem profundas alterações nas estruturas sociais. O período medieval é marcado pela sociedade caracteristicamente estamental.

A sociedade estamental era dividida em estamentos, ou grupos sociais, geralmente quando se fala desse tipo de sociedade temos que lembrar que nela não havia oportunidade de mudança de nível social, as classes sociais eram dispostas de acordo com o critério de nascimento. Era quase impossível mudar de classe, a não ser que se comprasse um título, mas era muito difícil. Na sociedade estamentada, os privilégios da elite eram incontestáveis, pois eles se baseavam em mecanismos de legitimação elaborados de acordo com interesses implícitos, que procuravam apoio na manipulação de crenças de influência profunda no cotidiano das grandes massas.

No sistema feudal, durante a Idade Média, ocorreu a estruturação da sociedade estamental clássica, uma vez que, basicamente, era dividida em três níveis: clero, nobres e servos. O clero trabalhava no sentido de legitimar sua posição, e no apoio à nobreza, quando pregava que as classes sociais tinham sido organizadas por Deus, ou seja: se o senhor era senhor, é porque Deus assim havia estabelecido, uma vez que o fez nascer numa família nobre, assim como o servo, que era servo por vontade de Deus, já que nasceu numa família de servos, por vontade Dele.

Negar ou revoltar-se contra esse dogma era pecar contra Deus. Só restava a conformação e o trabalho, ou seja, rezar e trabalhar.

A Igreja cristã passou a constituir-se na instituição básica do processo de transição para o tempo medieval. As relações cidadão-Estado, antes reguladas pelo Império, passam a controlar-se pelos ditames da Igreja cristã. A doutrina cristã, ao alegar a liberdade e igualdade de todos os homens e a unidade familiar, provocou transformações radicais nas concepções de direito e de estado.

O desmoronamento das instituições políticas romanas e o fortalecimento do cristianismo ensejaram uma reestruturação social que foi dar-se no feudalismo, cujas peculiaridades diferiam consoante seus aspectos regionais. O feudalismo, considerado "idade das trevas", configura-se pela forma piramidal caracterizada por específicas relações de dependência pessoal (vassalagem), abrangendo em sua cúpula rei e suserano e, em sua base, essencialmente, o campesinato.

» O suserano – protegia o vassalo de forma militar e jurídica. Tinha o direito de se apossar do feudo caso o vassalo morresse sem herdeiros. Podia também impedir o casamento do vassalo com uma pessoa que lhe fosse infiel.

» O vassalo - devia prestar ao suserano serviço militar, libertá-lo caso fosse aprisionado por inimigos e etc. Mas o vassalo não era um servo. A relação vassalo-suserano era um pacto militar.

Essa relação de dependência pessoal de obrigações mútuas originava-se de ato sacramental e solene e que apresentava duas vertentes: o vassalo, em troca de proteção e segurança, inclusive econômica, oferecia fidelidade, trabalho e auxílio ao suserano, que, reciprocamente, investia o vassalo no benefício, elemento real e econômico dessa relação feudal.

Na época medieval, em razão dessa índole hierarquizada das estruturas em classes sociais, dilui-se o princípio da cidadania. O relacionamento entre senhores e vassalos dificultava bastante a definição desse conceito. O homem medieval, ou era vassalo, ou servo, ou suserano; jamais foi cidadão. Os princípios de cidadania e de nacionalidade dos gregos e romanos estariam "suspensos" e seriam retomados com a formação dos Estados modernos, a partir de meados do século XVII.


Fonte:http://rosevcba.blogspot.com.br/2010/04/cidadania.html


 

Saiba mais sobre: As Cruzadas


Cavaleiros na Idade Média partindo em direção a uma Cruzada

 

Introdução

 
As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.
 
Organização
 
Em 1095, Urbano II, em oposição a este impedimento, convocou um grande número de fiéis para lutarem pela causa. Muitos camponeses foram a combate pela promessa de que receberiam reconhecimento espiritual e recompensas da Igreja; contudo, esta primeira batalha fracassou e muitos perderam suas vidas em combate.

Após a Primeira Cruzada foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários que tiveram importante participação militar nos combates das seguintes Cruzadas.
Após a derrota na 1ª Cruzada, outro exército ocidental, comandado pelos franceses, invadiu o oriente para lutar pela mesma causa. Seus soldados usavam, como emblema, o sinal da cruz costurado sobre seus uniformes de batalha. Sob liderança de Godofredo de Bulhão, estes guerreiros massacraram os turcos durante o combate e tomaram Jerusalém, permitindo novamente livre para acesso aos peregrinos.
Outros confrontos deste tipo ocorreram, porém, somente a sexta edição (1228-1229) ocorreu de forma pacífica. As demais serviram somente para prejudicar o relacionamento religioso entre ocidente e oriente. A relação dos dois continentes ficava cada vez mais desgastada devido à violência e a ambição desenfreada que havia tomado conta dos cruzados, e, sobre isso, o clero católico nada podia fazer para controlar a situação.
Embora não tenham sido bem sucedidas, a ponto de até crianças terem feito parte e morrido por este tipo de luta, estes combates atraíram grandes reis como Ricardo I, também chamado de Ricardo Coração de Leão, e Luís IX.

Relação de todas as Cruzadas Medievais:



- Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096)
- Primeira Cruzada (1096 a 1099)
- Cruzada de 1101
- Segunda Cruzada (1147 a 1149).
- Terceira Cruzada (1189 a 1192)
- Quarta Cruzada (1202 a 1204)
- Cruzada Albigense (1209 a 1244)
- Cruzada das Crianças (1212)
- Quinta Cruzada (1217 a 1221)
- Sexta Cruzada (1228 a 1229)
- Sétima Cruzada (1248 a 1250)
- Cruzada dos Pastores (1251 a 1320)
- Oitava Cruzada (1270)
- Nona Cruzada (1271 a 1272)
- Cruzadas do Norte (1193 a 1316)


Consequências
 



Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também novos conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos.
Não podemos deixar de lembrar que as Cruzadas aumentaram as tensões e hostilidades entre cristãos e muçulmanos na Idade Média. Mesmo após o fim das Cruzadas, este clima tenso entre os integrantes destas duas religiões continuou.
Já no aspecto cultural, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo de literatura voltado para as guerras e grandes feitos heróicos. Muitos contos de cavalaria tiveram como tema principal estes conflitos.
 
Curiosidade: